30/08/2015

O Flush do Arcano XV #1


Ola amigos. Inicio aqui um conto, nosso segundo , mas este será postado em partes, não sei quantas, mas ele servirá de ilustração para mais uma fase do Blog. Não se esqueçam de curtir nossa pagina do Facebook (Blog Maldição!) e espero que gostem!







Todos os nervos estavam aflorados naquela tarde de Domingo, abordo do Hiero o mais luxuoso barco cassino daquela parte do Mississípi, uma lenda surgiria, daquele barco sairia o maior nome do Poker daquela parte do Mississípi.

Mas aquelas mesas não estavam reservadas para os jogadores de bares, não, estavam inscritos para o dito torneio apenas os magnatas mais poderosos do estado de Louisiana, dentre eles uma grande lenda, talvez a maior, Jonathan Kriminel.

Kriminel era um magnata dono de uma imensa rede de minas de carvão, sangue das novas tecnologias do vapor, ele era de família que vinha do norte junto aos soldados da guerra, e como muitos ele se apossou de várias terras perto de Nova Orleans, e ali fez fortuna se aproveitando do caos da guerra, como dizem seus rivais, ele é um vampiro oportunista e sem um pingo de decência, e as mãos cheias de dedos, mas nada dessas implicâncias incomodavam Kriminel. Era alto e de porte temerário, resolvia as coisas no grito ou na bala, ostentava um bigode cheio que se ligava às costeletas volumosas, dando a ele um ar ainda mais forte. Havia chegado aos quarenta anos a pouco e agora com fortuna e família, ele não tinha mais nenhum tipo de ambição no mundo dos negócios, o que não quer dizer que sua empresa de mineração tenha diminuído o ritmo ou deixado de fazer seus negócios na base da força e compras de terras de minas assinadas a sangue de seus antigos donos.

Bom seu nome foi mais que o suficiente para amedrontar meia dúzia de homens que estavam corajosos com suas mãos sobre o coldre, já que agora o magnata dedicava todo o seu tempo em se provar como maior jogador do sul dos Estados Unidos. E ele vem tendo sucesso, pois é um estrategista nato, prova disso é que poucos jogadores que tiveram o maldito azar de se assentar na mesma “Green Table” com ele conseguiram lhe arrancar mais de dois dólares.

Todos os participantes, que no total soma fácil a duzentas pessoas. Se confraternizavam, ou não, no bar do luxuoso cassino que corria o Mississípi alimentando suas caldeiras com carvão de Kriminel, este que estava sentado conversando animado com algum puxa saco, pelo torneio e pelo whisky, do outro lado na entrada era observado por poucos, uma figura de um velho, com um smoking empoeirado mas bem alinhado, um andar altivo, com uma bengala e cara de inglês, coisa como essas e nesses dias, poucos admitiam, mas ali estava a elite e não baderneiros, por mais que suas vontades eram de jogar a carcaça do velho servo da rainha para a lama do rio, mas o bom senso não permitiu que ninguém ali fizesse alguma sandice.

Ou quase todos.

Kriminel se levanta com uma carranca e virando o copo de whisky fazendo uma careta, ele parte ardente para cima do ancião, que era muito menor que o magnata, parando a alguns centímetros dele, Kriminel dispara aos cuspes fazendo o ancião piscar.

_Olha aqui velho… Aqui não é lugar para gentinha de sua laia Inglês, por que não de a volta e corra para a saia de sua mãe do outro lado do mar?

Sem encarar o rapaz que lhe insulta, o velho homem apenas sorri e fala em tom controlado.

_Não sou nenhum inglês, filho, então guarde suas farpas e humores para as cartas de mais tarde, olhe que o Dealer vai dizer as cadeiras…


Sem tempo de responder, Kriminel é obrigado a olhar para o organizador que entra no bar com uma roupa um tanto cômica com aquela cartola exagerada, ele sorria de boca aberta dando-lhe um ar de idiota, ele sorteia as cadeiras de cada um, e as mesas que iniciaram as eliminatórias, duzentos e vinte cadeiras dará início ao torneio mas no fim apenas uma levará a quantia estonteante das apostas do torneio de Poker de Louisiana.

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