20/08/2015

Auto Mumificação

Ola meus amigos, Já ouviram falar em um ritual chamado Sokushinbutsu?




É algo realmente mórbido que vem novamente do lugar mais estranho do mundo (lógico que isso para nós ocidentais), o extremo oriente, mais precisamente Japão e China.
Antes de entrarmos nesse mundo bizarro e explicar o que é um Sokushinbutsu, quero deixar uma reportagem para ilustrar.

Múmia de monge é encontrada dentro de Estatua de Buda do Seculo XI:




O que parece uma estátua de Buda tradicional que remonta ao século 11 ou 12 é algo mais interessante e perturbador.
Restos mumificados de um monge foram encontrados envoltos em uma estátua de Buda que remonta ao século 11 ou 12.
Erik Bruijn, especialista em Budismo, conduziu o estudo e determinou que a múmia era do mestre budista Liuquan, que pertencia à escola de meditação chinesa.
Uma tomografia computadorizada e endoscopia foram realizadas pelo Drents Museum no Centro Médico Meandro, na Holanda.
Os pesquisadores também descobriram que os órgãos do monge haviam sido removidos do seu corpo antes da mumificação. Além disso, rolos de papel cobertos de escrita chinesa foram descobertos ao lado do monge.
Após a verificação, a múmia foi levada para Budapeste, onde estará em exposição no Museu de História Natural Húngaro até maio desse ano.
Muitos budistas praticantes acreditam que múmias como o do mestre budista Liuquan não estão realmente mortas, mas estão em avançado estado de meditação.”

Isso por si só já é bem bizarro, porém não é nem metade de toda a história, já que especula-se que ele deve ter sido mumificado por ele mesmo.

Como assim mumificado por ele mesmo?

Sokushinbutsu:


É a “arte” budista da automumificação. Como já devem imaginar pela descrição se trata de um processo doloroso, penoso e lento. Vamos entender como é realizado.

Primeiro o monge passa por uma dieta comendo apenas nozes e castanhas, assim eles perdem toda a gordura do corpo (Não tentem isso por favor), além de enfrentar uma dura rotina de exercícios físicos isso dura mil dias.

Depois eles passam a consumir um chá tóxico composto por sementes e seivas da árvore Urushi, este chá causa vômitos, fazendo com que o monge perca fluidos corporais, e suponha-se que esta substância evitava que o corpo fosse corrompido por insetos e vermes após a morte. Essa parte também dura mil dias

Por último, os monges adotavam a posição de lótus no interior de pequenas tumbas e esperavam pela morte. Essas sepulturas contavam apenas com uma passagem de ar e um sino, que era tocado diariamente para informar que o ocupante continuava vivo. Quando o sino parava de tocar, a tumba era selada e, após outros mil dias, ela era novamente aberta para que o sucesso da automumificação pudesse ser comprovado.



É difícil de imaginar como esse processo é penoso para uma pessoa, acredita-se que ao atingir o sucesso pleno, este Monge alcança não somente o Nirvana (O equivalente ao Paraíso) mas chegava la como um verdadeiro Buda, um Deus entre os praticantes dessa religião.

Claro que a maioria falhava, ou desistiam ou morriam antes de terminar o processo todo, mas os poucos que conseguiram, não são considerados mortos, mas sim que atingiram o estagio máximo da evolução e são considerados mestres da meditação eterna.











Mas espera, antes de já ir julgando como besteira supersticiosa, preste bem a atenção nessa reportagem:



Uma múmia encontrada em janeiro deste ano na Mongólia, que pode ter mais de 200 anos, estaria ‘viva’, em meditação profunda, segundo acreditam alguns budistas. Segundo a crença, o monge teria atingido um estado de espírito chamado 'tukdam' – que é o nível mais próximo daquele de Buddha. As informações são do The Mirror.
O professor do Instituto Mongol de Arte Budista da Universidade Budista Ulaanbaatar, Ganhugiyn Purevbata, afirmou que a posição de lótus vajra em que a múmia se encontra, com a mão esquerda aberta, significa que está rezando o Sutra. “O sinal é de que Lama não está morto, mas em um estado de meditação profundo de acordo com as tradições ancestrais do Budismo lamas”, explicou.
Ainda de acordo com a publicação, tal acontecimento é bastante raro, tendo sido encontrado apenas 40 vezes nos últimos 50 anos entre os monges tibetanos.
O médico de Dalai Lama, Barry Kerzin, que também é um famoso monge budista, contou que já teve “o privilégio de cuidar de algumas pessoas em estado tukdam”. Segundo ele, se uma pessoa “permanecer neste estado por mais de 3 semanas – o que é muito raro – o corpo começa a degradar e, no final, tudo o que resta é o cabelo, unhas e roupas”. E, caso permaneça no estado meditativo, “poderá se tornar Buddha”.
Ainda nas tradições budistas, alguém que consegue chegar a um nível tão alto de meditação poderá ajudar as outras pessoas que estejam ao seu redor, que poderão sentir um senso de contentamento.
O estado da múmia impressionou cientistas e médicos forenses. Ela está em um instituto de Ulaanbaatar que estuda sua origem e possível identidade.”
(Fonte:terra.com.br)







O que vocês acham disso tudo? Acreditam que a dedicação de uma pessoa pode chegar a esses níveis tão absurdos ao ponto de se automumificar?

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E tenham uma boa noite, meus Amigos.

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